quinta-feira, 16 de maio de 2013

Peritos da ONU aconselham a comer baratas e gafanhotos


Peritos da ONU aconselham a comer baratas e gafanhotos


RIA Novosti
Os insetos salvarão a Humanidade da fome! Quem o afirma é a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), ao fazer balanço das pesquisas mais recentes. Os especialistas opinam que no futuro prevalecerá a comida preparada à base de insetos.
A acentuada falta de alimentos tem causado inquietação há já várias décadas, tendo sido propostas diferentes vias de solução do problema. Muitos escândalos ocorreram por discussões sobre o emprego de organismos geneticamente modificados (OGM), isentos de doenças e pragas. Agora vai surgindo uma nova vaga a defender que os insetos, segundo peritos da FAO, constituem uma fonte promissora e pouco conhecida de alimentos ricos em proteínas. Além disso, no parecer de peritos estrangeiros, a criação de insetos poderá vir a ser um dos ramos da agropecuária. Não obstante o caráter fantástico de tais declarações, um quadro desses é capaz de vir a ser realidade, constata o diretor do instituto de Alimentação, acadêmico Viktor Tuteliyan.
“Devemos procurar novas tecnologias e novas fontes de alimentos. É um problema que diz respeito não apenas aos países em vias de desenvolvimento, mas a toda a Humanidade. Uma das soluções passa pelo eventual inclusão de insetos no regime alimentar do homem. Os insetos possuem proteínas, aminoácidos, lípidos e hidratos de carbono. Precisamos destas substâncias em determinada quantidade. A fonte de onde provêm já é uma questão secundária. Há 30 anos, por exemplo, não consumíamos marisco, mas hoje fazemo-lo com muito gosto.”
Todavia, a ideia em si não é nova. Os pratos de cozinha preparados com escaravelhos e gafanhotos são divulgados, sobretudo, na região do sudeste asiático. Viktor Tuteliyan não afasta a hipótese de os produtos alimentares, feitos de insetos transformados, poderem entrar na ementa dos habitantes de outras regiões.
“Por que é que os insetos são importantes como fonte de alimentos? Eles multiplicam-se rapidamente e as tecnologias modernas permitem transformá-los em massa insípida contendo proteínas e hidratos de carbono. Essa massa poderá ser utilizada como aditivo alimentar, acrescentando uns condimentos e imitando assim o sabor da tradicional da carne e peixe.”
Entretanto, há quem considere valer a pena proceder à criação de insetos já hoje, mas com objetivos diferentes. Por exemplo, seria útil proceder à criação de abelhas vulgares, insetos cujo número tem baixado drasticamente, salienta o biólogo Alexei Shipilov.
“Dizem que se as abelhas desaparecerão da face da Terra, a Humanidade terá 3-4 anos para sobreviver devido à falta de polinização e, consequentemente, às más colheitas globais. Atualmente, o número de abelhas tem vindo a diminuir por causa da irradiação e comunicação celular. É que as abelhas costumam escolher o caminho para a colmeia por meio dos pólos magnéticos. Sem alcançar esta meta, morrem.”
Muitos insetos contêm grande quantidade de proteínas e elementos úteis, possuem as reservas suficientes de cálcio, ferro e zinco, dizem peritos da FAO. Segundo seus cálculos, a carne de vaca contém 6 mg de ferro por 100 g de peso seco, enquanto que o gafanhoto pode ter 8-20 g em função do tipo. Tal correlação não é favorável para produtos tradicionais derivados de carne. Resta esperar que os alimentos habituais não sejam suplantados, com o tempo, por croquetes de gafanhotos e raviólis de baratas.

Grigori Milenin
fonte;http://portuguese.ruvr.ru/2013_05_16/Peritos-da-ONU-aconselham-comer-baratas-e-gafanhotos/

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